Realidade em 3D não está mais só limitada aos games e cinemas
A moda também se aproveita dessa tecnologia para gerar novos produtos e serviços como as coleções virtuais.
Mais do que usar óculos especiais, agora, a realidade em tecnologia 3D também está na tela dos nossos dispositivos. É o caso das coleções digitais que estão invadindo todas as plataformas e games.
Inspirada em jogos virtuais, a marca Carlings – varejista escandinava – lançou uma coleção puramente digital. Sim, ela não é fisicamente feita com linhas e tecidos e só existe na tela do computador ou do celular.
Você pode se perguntar: mas se a roupa não existe fisicamente, como fazemos para vesti-la? É simples, basta enviar uma foto sua na ocasião que deseja aparecer e a equipe de design 3D lhe veste virtualmente com a roupa escolhida. No final, o resultado é igual ao tradicional, como se estivesse vestindo a roupa na hora da foto.
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Ideia mirabolante? Talvez não.
Até março de 2020 essa ideia parecia mirabolante. Durante a pandemia, entretanto, tornou-se inevitável pensar em maneiras digitais de se vestir. Desde então, a forma de consumo começou a mudar e com a moda não poderia ser diferente. O enorme interesse pela moda digital explodiu à medida em que as pessoas começaram a se mostrar mais online do que offline.
É o que pensa a estilista digital Amber Jae Slooten. Para ela, a moda virtual dá liberdade para os clientes “enlouquecerem” nas escolhas das peças.
Slooten é cofundadora da The Fabricant, empresa de moda virtual com sede em Amsterdã, que tem uma reivindicação real de sustentabilidade: “desperdiçar nada além de dados e explorar nada além da imaginação”. A marca atua na intersecção entre moda e tecnologia, produzindo alta costura exclusivamente digital.
As peças sob medida são projetadas para se moverem e vestirem como na vida real. O avatar do cliente pode “vesti-las” exclusivamente no mundo virtual, mídia social ou jogos. “Tentamos estabelecer uma nova narrativa da moda para o século 21 porque acreditamos que precisamos olhar no espelho e ver se nossa vaidade realmente precisa prejudicar o planeta”, explica Slooten.
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Moda 3D para uma nova geração
Naturalmente, espaços e moda virtuais são direcionados para a geração jovem que tem uma linha tênue entre o físico e o digital. Nesse cenário, a moda virtual passou a oferecer um leque infinito para as pessoas se expressarem e criarem personagens adequados a cada plataforma digital.
Para o futuro, acredita-se que sustentabilidade e tecnologia serão o apelo para todas as marcas inovadoras. Já existem, por exemplo, materiais inteligentes que atuam como uma segunda pele, monitorando os sinais vitais do corpo.
É como se deixássemos o físico para uma versão mais sóbria e encarregada pela nossa sobrevivência e funções básicas. A diversão e a criatividade ficam no virtual, onde somos mais expressivos. É exatamente isso que Slotten complementa: “no universo digital, podemos enlouquecer completamente: usar um vestido feito de água, ter luzes em todos os lugares e mudar o tecido de acordo com o nosso humor”.
E você? Entraria nessa onda digital e viraria um consumidor assíduo? Ou ainda prefere a boa e velha experiência de tocar e usar algo palpável? Na minha opinião, um caminho equilibrando off e on pode trazer as vantagens de usar a tecnologia a nosso favor.
Site do The fabricant.
Confira também outro artigo da autora:
Wearble Tech: quando a moda encontra a inteligência artificial
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