8 curiosidades do algodão: as infinitas possibilidades da fibra
Ele é um dos principais produtos brasileiros e a fibra natural mais utilizada no mundo! Conheça as maiores curiosidades do algodão!
O algodão é um dos principais produtos da cadeia agrícola brasileira e a fibra natural mais utilizada no mundo. Por isso, através da sua cultura, é possível gerar emprego e matéria-prima para diversos setores e indústrias.
Além disso, a beleza de uma lavoura de algodão em época de colheita pode ser considerada uma das coisas mais bonitas já vistas! Aquele campo todo branquinho, que remete às melhores sensações possíveis, é um verdadeiro convite à contemplação.
No entanto, o algodão tem muitos fatos curiosos em sua história. Por exemplo, você sabia que a cultura no Brasil começou há muito tempo graças aos indígenas? Com o tempo, o país descobriu o grande potencial do algodão para fins comerciais e produção agrícola, permitindo assim o crescimento exponencial da economia interna.
Mas, melhor do que saber dessas histórias, é entender até onde o algodão pode chegar. O uso diverso desse produto é fascinante e inusitado e hoje vamos mostrar algumas curiosidades do algodão.
Algodão crescendo: 160 dias da germinação até a colheita | Foto: Carlos Rudney / Abrapa
CURIOSIDADES DO ALGODÃO
1 – O nome “algodão” tem origem árabe
Muitas pessoas buscam saber qual o significado do nome “algodão”. Foram os árabes que difundiram a planta pela Europa entre os séculos IX e XI, por isso, sua
origem vem dessa região. A palavra é a derivação do termo árabe “al-qu-Tum”, em tradução livre, “o cotão”, que significa “pelo” ou “felpa”. Daí surgiram suas variações em cada país, como cotton, em inglês; coton, em francês; cotone, em italiano; e algodón, em espanhol.
2- Começou a ser usado no Brasil pelos indígenas
Quando os primeiros europeus desembarcaram no País, já havia indígenas cultivando o algodão e transformando sua fibra em fios e tecidos rudimentares. Depois de algum tempo, especificamente em 1750, foi descoberto o potencial produtivo e comercial do algodão no Nordeste brasileiro.
3 – É usado na fabricação de óleo, rações e até adubos
O caroço do algodão também é aproveitado na produção de óleo comestível (de cozinha), biodiesel e misturas para rações animais e adubos. Desses primeiros produtos, é possível fazer muitos outros subprodutos como maionese, molhos, frituras, lubrificante, margarinas, biscoitos, entre outros.
4 – Os altos e baixos da fibra no Brasil
O Brasil foi um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo, sendo a principal área de produção no Nordeste. Mas, no final da década de 1980, houve uma infestação do bicudo-de-algodoeiro e, no início de 1990, as consequências apareceram. Lavouras foram devastadas, os produtores perderam tudo, famílias ficaram sem renda e uma grande crise se instaurou.
No final da mesma década, as esperanças estavam renovadas. A produção foi retomada, mas dessa vez a principal área de produção foi no Centro-Oeste. Ainda nessa época, nasceu a Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão).
Em 2012 foi criado o programa de certificação socioambiental ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e, desde então, só estamos crescendo. O Brasil, atualmente, é o 4° maior produtor, 2° maior exportador e o maior fornecedor de algodão responsável do mundo!
5 – Existem diversas fibras de algodão
Eis uma curiosidade do algodão que você não sabia: além da fibra principal extraída do algodão em caroço, usada na indústria têxtil, existem a fibrilha e o línter, que são as fibras mais curtas do capulho, porém, muito importantes. Com elas é possível fabricar o algodão de farmácia, tecidos rústicos, estofamentos, filtros, pavios de pólvora, tapetes e pano de chão.
Outras fibras são as que estão presentes nas casquinhas do algodão, nas carimãs, no piolho e no pó de canal, mas pela baixa representatividade de volume e valor para a cadeia de produção, são consideradas resíduos.
6 – Dinheiro também é feito de algodão
É isso mesmo, você não leu errado! A partir das fibras curtas do línter é possível produzir as cédulas do real brasileiro. O papel criado para fabricar essas notas é composto por três camadas: duas externas, produzidas com pasta de madeira, e a do meio, que é feita 100% de línter de algodão. Essa camada é a que recebe as principais medidas de segurança que dificultam a falsificação da nota.
7 – É parente do quiabo e do hibisco
Tanto o algodão quanto o quiabo e o hibisco são da família botânica das Malvaceae, que abrange mais de 2 mil espécies espalhadas pelo mundo, principalmente na América do Sul. Essas plantas possuem características em comum, como a presença de pequenos pelos ou escamas e suas flores são bem parecidas na anatomia.
8 – Algodão de fases: todas as etapas da fibra na plantação
O primeiro passo acontece com o solo sendo preparado com nutrientes básicos para o plantio. Depois de plantadas, é a hora da germinação e crescimento. Nesse momento, é importante cuidar para que as plantas se desenvolvam com todos os nutrientes, longe do ataque de pragas e doenças.
Após 60 dias elas começam a florescer e, nessa primeira fase, a flor tem a cor branca, tornando-se púrpura após a polinização. Assim, acontece o enchimento das maçãs, que são os frutos do algodoeiro, e é dentro delas que a celulose se transforma em fibra. Os capulhos surgem quando as maçãs começam a desidratar e abrir, deixando sua fibra branca interior à mostra.
E chegamos, então, à colheita, que acontece, em média, após 160 dias da germinação. Entram em cena as grandes e tecnológicas colheitadeiras de algodão, que podem até trabalhar sozinhas e com precisão. Graças à mecanização da cotonicultura brasileira, hoje nossa fibra é considerada 100% livre de contaminação!
As possibilidades são muitas e é incrível saber de todas as funções do nosso algodão. Por isso é tão importante entender cada processo e garantir a efetividade e a sustentabilidade dessas produções. Afinal, o algodão está presente em nosso dia a dia muito mais do que podemos imaginar!
E você, conhecia alguma dessas 8 curiosidades do algodão?
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