Tendência Y2K – como compreender uma trend polêmica?
Quem não ama uma boa tendência? Saber o que está na moda e criar um look sobre o qual todo mundo está falando é algo super bacana. Bem, eu sou essa pessoa, mas antes mesmo de incluir qualquer tendência ao meu closet sem pensar, eu defendo a importância de se fazer uma análise criteriosa
Afinal, o que estão usando e está ‘bombando’ tem a ver com meu estilo, com a mensagem que eu quero passar e, principalmente, com minha silhueta?
São esses questionamentos que precisamos compreender e fazer quando surge algo novo. E se a tendência é, de certa forma, polêmica, devemos prestar ainda mais atenção. Sabe por que estou falando isso? É que há alguns meses, a estética Y2K ressurgiu, ganhando relevância e nos trazendo questões importantes sobre o que devemos pensar sobre a moda.
O que é Y2K?
Em sua tradução literal, Y2K, significa year 2000 ou, em português, ano 2000. Essa sigla representa o retorno do que foi tendência 20 anos atrás, ou seja, a estética, a moda, a cultura pop, e está sendo disseminada por várias influenciadoras fashionistas no TikTok, principalmente.
Nesta estética, temos, majoritariamente, muitas peças de cintura baixa, brilhos, boina, lentes coloridas, caimento super slim, fendas e várias tendências esportivas. Quem não lembra dos looks de Beyoncé, Paris Hilton, Britney Spears naquela época?
Mesmo que este retorno esteja bombando, será que após 22 anos essa estética ainda é aceitável e democrática? Sendo franca e compartilhando minhas convicções para ajudar vocês a criarem um senso crítico sobre tendência, acredito que não.
A estética Y2K lá nos anos 2000 evidencia um corpo magro e que era colocado como ideal, despertando gatilhos em pessoas que queriam seguir a moda, mas estavam fora do que era compreendido como padrão ou belo.
Quem não se lembra dos efeitos que a calça de cintura baixa trouxe para nossa silhueta? Se na época seu abdômen não era “chapado”, mas você usava essa modelagem, possivelmente, hoje você tem uma cintura dupla.
O que mudou de lá para cá?
Ao longo desses 22 anos, criamos um movimento de auto aceitação com relação a nossa imagem, aos nossos corpos e o que pensamos sobre a moda. No passado, existia um padrão imposto, então, por que queremos trazer uma referência que teoricamente, contrapõem tudo que construímos até aqui?
Querem um exemplo disso? A ascensão da Savage Fenty (marca inclusiva de lingerie da cantora Rihanna) x Victoria Secrets (marca de lingerie que foi acusada de defender um padrão único e inatingível de beleza). Compreendem o quanto avançamos? É sobre isso.
Então não devemos usar a tendência Y2K?
Na realidade, o que precisa ser feito é sermos mais críticos com relação ao que consumimos. Seja sobre a marca que não nos representa até uma tendência que todo mundo está adotando, mas que não faz sentido para nós.
Informação é diferente de conhecimento. E para fazer esse filtro, precisamos nos conectar com nossa essência e com o que nos fez chegar/avançar até aqui.
E como posso aderir à trend com o corpo que tenho?
Apesar da linha estética da trend valorizar apenas um tipo de silhueta, existem outras formas de criar e aderir essa tendência ao seu look. Aposte na estética all jeans, conjuntos de veludo, acessórios coloridos e divertidos e óculos com as lentes transparentes.
E importante: tudo isso será bem aproveitado se estiver conectado com a essência do seu vestir, combinado?
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