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De hobby a negócio, os bordados de Thamires Cola ganham fãs no Brasil todo e têm o algodão como principal ferramenta no processo criativo. 

A história da marca parceira Green Tea começou a ser bordada, em 2019, pela administradora de empresas Thamires Cola. O projeto começou caminhando de forma singela, enquanto a proprietária ainda trabalhava em outra empresa. Mas, com a virada do ano, ela decidiu mudar a sua história e ali, no começo de 2020, um novo capítulo se iniciou. Thamires focou todas as suas energias em seu próprio negócio e, desde então, tornou o bordado sua fonte de renda.  

O nome escolhido não foi ao acaso, pois ele também carrega suas raízes. “Era muito comum me encontrar à noite em uma poltrona bordando com uma xícara de chá de companhia. O chá verde, um dos meus favoritos, acabou dando nome à minha marca, a Green Tea”, relembra Thamires. 

Na produção, tudo é pensado para ser o mais sustentável possível: matéria-prima e fornecedores responsáveis; utilização de papel reciclado; reutilização de caixas de papelão; substituição do plástico nas embalagens; logística inteligente; utilização de restos de linhas em elementos de decoração.  

Confira a nossa conversa com a Thamires e descubra como a arte é uma forma grandiosa de expressão! 

SdA – Qual o propósito da empresa? 

TC:  No início de 2020, depois de muito planejamento, decidi que queria colocar toda a minha energia no meu sonho: trabalhar com o que eu amo e levar um pedacinho das minhas criações para mais lugares do Brasil. O bordado permite que eu me expresse e toque a vida de outras pessoas. O fazer à mão leva consigo histórias, sentimentos, imperfeições e realidades. Um pouquinho de mim está presente em cada peça! 

SdA – Por que escolheu trabalhar com bordado? 

TC: Sempre tive um lado criativo, muitas vezes deixado de lado pelos rumos que tomei na vida. Quando criança, amava ler e colorir, dois hobbies que me acompanham até hoje. Amo tudo que é feito à mão! Já aprendi a crochetar e a tricotar, mas o que ganhou meu coração foi o bordado.  

Em 2018, em meio a crises de ansiedade, o bordado chegou como um instrumento de concentração e foco. Fui me aperfeiçoando na técnica e compartilhando o que eu criava nas minhas redes sociais, e isso foi gerando interesse em pessoas que me acompanhavam. Aí veio a primeira venda, seguida de outra e mais outra, e, com o passar do tempo, percebi que amava bordar e que eu poderia transformar aquilo em um negócio.  

Minha formação é em Administração e tenho uma pós-graduação em Gestão de Pessoas. Por muitos anos, esta foi também a minha área de trabalho, e mesmo não sendo do setor criativo, isso me ajudou muito no planejamento para tornar o bordado uma atividade de tempo integral e também a cuidar da parte administrativa e financeira da minha pequena empresa. 

SdA – Existem outras pessoas que produzem as peças dentro da Green Tea? 

TC: Não! Tudo por aqui é feito por mim. Os bordados são produzidos pelas minhas mãos, com muito cuidado e carinho. Outras tarefas da empresa, como escolha e compra de materiais, criação de ilustrações autorais, gerenciamento das redes sociais, fotografia, atendimento ao cliente, financeiro, envios, etc., também são feitas por mim. 

SdA – Muitas vezes a arte manual é desvalorizada. Você já passou por alguma situação assim?  

TC: Já sim! Muitas pessoas não entendem a importância do tempo na produção de uma peça feita à mão. Então, já aconteceu de clientes pedindo uma peça sob encomenda para o dia seguinte ou ainda um desconto expressivo na compra de mais de um produto. Uma prática muito comum em produção em série/máquina, mas no trabalho manual, não há atalho: cada peça exige a mesma atenção e quanto mais produzir, maior será o tempo de execução. 

Se você pedir para qualquer artesão o que ele mais almeja para a comunidade artesanal, tenho certeza que a valorização do feito à mão estará entre as prioridades. Nesse mundo cada vez mais acelerado, torço para que as pessoas entendam a importância do tempo na produção manual. Que uma criação feita à mão é algo único e especial. Acredito que os consumidores estão mais conscientes e mais informados, mas ainda temos um longo caminho pela frente e gosto de pensar que estou contribuindo para essa valorização. 

SdA – De onde vêm a inspiração para criar as peças? 

TC: De tudo ao meu redor. Música, livros, lugares e vivências. Sempre fui muito inspirada pela natureza quando desenhava e pintava, e hoje, isso ainda se reflete muito em minhas criações autorais no bordado. A natureza é uma infinita fonte de inspiração para o meu trabalho! 

SdA – Qual o diferencial da Green Tea? 

TC: Acredito que o maior diferencial da Green Tea é o bordado feito à mão com calma, atenção e amor. O atendimento é humanizado sempre buscando solucionar o mais rápido possível qualquer dúvida do cliente. Além dos bordados sob encomenda, temos uma seção à pronta entrega para conseguir atender clientes que não podem aguardar o prazo de produção.  

Recebo muitos feedbacks positivos quanto à embalagem do produto. Os bordados são embrulhados em papel kraft, atados com barbante de algodão e levam agradecimentos e mensagens de carinho impressas em papel reciclado, além de um chazinho de brinde e um mini ramalhete de flores secas. Outro ponto que costuma arrancar elogios por aqui é a fotografia. Os cenários são pensados e criados para resultar em fotos que destaquem e valorizem ainda mais o produto. 

SdA – De que forma você torna o seu trabalho mais responsável/sustentável? 

TC: Acredito que a compreensão do ciclo completo do meu produto, desde a criação até o descarte da embalagem pelo cliente, contribui para a percepção de como eu posso ser mais sustentável. Quando você observa com mais atenção o seu processo de trabalho, consegue planejar melhor, otimizar etapas e reduzir desperdícios. 

Conheça a Green Tea:

Site: https://www.greenteabordado.com.br/
Instagram: https://www.instagram.com/greentea.bordado/