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por dentro do movimento

Conheça mães e filhas que trabalham juntas pela democratização do algodão brasileiro

5 de maio de 2021 | 0

A relação entre mães e filhas é sempre cheia de diferentes tipos de emoção. O companheirismo, muitas vezes, extrapola os limites familiares e partem para a vida profissional. Nós, do Movimento Sou de Algodão, trouxemos  algumas mães e filhas que decidiram trabalhar juntas para promover a moda e o consumo conscientes.

Conheça, abaixo, três histórias de amor, carinho, dedicação e admiração mútua de parceiras do movimento Sou de Algodão.

ALESSANDRA E HELENA – Unidas por uma moda inclusiva

A história da marca Belezas de Helena surgiu de uma somatória de desejos de toda a família: o do pai em deixar um futuro com independência para sua filha que nasceu com Síndrome de Down, do desejo da mãe em propagar a inclusão e sua dificuldade em achar roupas adequadas ao biotipo da filha, e da Helena, a filha, que adora fotografar, desfilar e exibir seus looks.

“Para desenvolver a autonomia da Helena, nossas peças são escolhidas junto com ela, que entre as opções apresentadas, decide as cores, as estampas, o tecido e qual peça quer confeccionar”, comenta Alessandra Nistal, mãe da Helena.

O propósito, além de proporcionar a realização do desejo da filha, é lançar por meio da moda um olhar diferenciado, a necessidade de adequar as roupas aos mais diferentes biotipos existentes e mostrar para a sociedade que todas as pessoas devem ser valorizadas e motivadas em realizar suas atividades.

FABIANA E STEFANY – Trabalho em parceria 

Fabiana Fernandes e a filha, Stefany Caroline Fernandes Rodrigues, trabalham juntas na Companhia Industrial Cataguases. Fabiana está há sete anos na área comercial e, um dia, a gestora da área comentou que precisaria contratar alguém comprometida e de confiança para a área administrativa. Com isso, ela sugeriu uma entrevista com a filha, que se mostrou muito empolgada e disposta a assumir o desafio.

De lá para cá, já se passou um bom tempo e Stefany conseguiu o emprego. As duas não se arrependem e não se sentem prejudicadas por trabalharem juntas. “Senti um impacto de forma positiva, na relação tanto com a minha filha como também com a empresa. A entrada dela permitiu que todos os conselhos e orientações fossem colocados em prática e eu consigo observar isso de perto. Para mim é um privilégio participar da formação pessoal e agora profissional. Temos um mantra: Dentro da empresa somos colegas de trabalho”, comenta Fabiana.

Stefany diz que a mãe sempre foi referência em muitos aspectos. “Sempre aprendi muito com ela. Dentro da empresa não foi diferente, todo seu esforço e empenho me motivaram, e despertou em mim o grande interesse de saber o que a motiva todos os dias para dar o seu melhor .”

Na empresa há mais de um ano, a filha fala sobre a maturidade profissional da mãe e seu dom em saber lidar com o ser humano antes do profissional. Por isso, acredita que essas duas qualidades são as que a inspiram a ser uma pessoa e profissional melhor a cada dia. “Tenho o privilégio de trabalhar não apenas na mesma empresa que minha mãe, mas trabalho diretamente com ela, observo suas ações, erros e acertos e aprendo cada dia um pouco mais da excelente profissional que tenho ao meu lado”.

“Com seu exemplo, minha mãe sempre me ensinou a ser uma mulher forte, esforçada e correr atrás dos meus objetivos, sejam eles profissionais ou pessoais”, finaliza Stefany.

MARCIA E ADRIANA – Amor pela terra em três gerações 

Márcia com a mãe, que também é agricultora, e Adriana.

Marcia e Adriana Garbugio, mãe e filha, são as responsáveis pela administração da fazenda de algodão no estado de Mato Grosso. Enquanto a mãe cuida da alimentação dos funcionários e faz a compra das comidas, em todas as fazendas, a filha é responsável pela área financeira.

Dona Marcia está na 4ª geração de agricultores. Decidiu continuar nessa área por conta de seus pais e se casou também com um agricultor. Por isso, se sente orgulhosa de saber que está dando continuidade por meio dos filhos. “É a coisa mais gostosa, falo para as minhas amigas que não mexem com isso. Colocar a semente na terra, crescer, plantar e produzir a comida”, comenta.

Já Adriana fez faculdade de farmácia e trabalhou, por 12 anos, como funcionária pública. Há quatro anos os pais e irmãos pediram ajuda, porque estava expandindo e não estavam dando conta. “Eu decidi entrar nesse meio, para ajudar minha família, então estou junto com meus três irmãos. E além disso, meu marido é agricultor (algodão, soja e milho) e também ajudo por lá”, explica.

As duas concordam que conseguem separar o pessoal e o trabalho. É uma relação de amor entre as duas e paixão pelo que fazem. “Tem gente que pergunta se dá certo ou se nós brigamos, tem hora que a família briga, mas conversando tudo se resolve”, reforça Adriana.

O recado que Dona Marcia deixa é que, desde que a mãe crie seus filhos com amor, dedicação pelo que faz, que os filhos compreendam, tem tudo para dar certo. “O principal nessa relação é o amor e a conversa. Uma família que não tem diálogo, não consegue ir para frente. Conversar, entender o que o outro está pensando. Tendo isso tudo se ajeita, principalmente em uma empresa familiar”.


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