Uma história à base de algodão: Alessandra Zanotto
Produtora dedica sua vida a produzir a fibra e elevar sua importância de forma sustentável
A história de Alessandra Zanotto se mescla muito à história da produção de algodão de seu pai. Não à toa, a produtora, hoje com 34 anos, é diretora da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) e grande representante da cotonicultura no Brasil.
Foi aos 20 anos que a agricultora interrompeu seus estudos para, de fato, ingressar na produção da fibra, o que, segundo ela, foi uma ótima escolha. “Toda expertise que tenho hoje, eu aprendi na produção de algodão do meu pai”.
O algodão não remete apenas ao vínculo familiar de Alessandra com seu pai, mas também a tudo que ela conquistou hoje. Foi a partir do cultivo da fibra que ela conheceu seu marido e adquiriu posições sociopolíticas no oeste baiano, das quais fala com apreço. Hoje, Alessandra fala com carinho sobre tudo o que conquistou, mas sem esquecer de pensar no futuro: “Na diretoria da Abapa eu faço parte principalmente da tesouraria, mas acima de tudo, junto a outros produtores, quero elevar o papel da associação e do próprio algodão na sociedade”.
A produtora também fala sobre como a cotonicultura despertou sua paixão pelo agronegócio e da importância da produção da fibra para a economia brasileira, mas ressalta que esta deve ser produzida com atenção e consciência “Desde a semente até o produto final, tudo deve fazer sentido. Além de elevar o nosso negócio, o algodão eleva também a economia brasileira por meio do agronegócio, gerando renda e até mesmo estreitando laços com outros países”.
A afirmação de Alessandra é precisa, afinal, a safra 2018/19 atingiu novos patamares ao alcançar o segundo lugar para o Brasil como maior exportador, mas, em meio a esse recorde, surge uma necessidade muito importante: garantir a qualidade e a rastreabilidade da fibra.
A certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável) é a forma que a Associação Brasileira de Produtores de Algodão encontrou para garantir a qualidade da fibra aqui produzida, a qual Alessandra aborda como muito importante: “O programa ABR é muito inteligente e benéfico para a cultura, não só fazendo com que de fato a fibra seja produzida de acordo com normas conscientes, mas passando mais credibilidade para o algodão brasileiro”.
Ao falar de iniciativas importantes que visam a conscientização na produção, Alessandra cita o próprio movimento Sou de Algodão, ressaltando a importância de promover a fibra e toda sua cadeia produtiva, além de mencionar a necessidade de fomentar a sustentabilidade nesse segmento que, além de ser de extrema relevância econômica em diversas indústrias, é democrático e de extrema qualidade.
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