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Durante e pós-quarentena: o que mudou em relação ao conforto?

1 de junho de 2020 | 2

No “novo normal”, o consumo de itens e roupas confortáveis aumenta e torna- se prioridade. Entenda porque o algodão passou a ser o símbolo do sentir-se bem em casa.

Durante este período de quarentena, o trabalho remoto e a mudança do foco para dentro de nossas casas evidenciaram a busca por mais conforto e bem-estar. Dessa forma, colocamos no topo das atenções a procura por itens lounge e homewear, reforçando o conceito da categoria comfy 

O que é o estilo comfy? 

Bem diferente dos tradicionais pijamas, trata-se de um estilo de roupa versátil e confortável. Esta categoria permite que você esteja à vontade e bem vestido em casa, tanto para atender um entregador, quanto participar de uma reunião on-line, assistir um filme com a família e até mesmo dar uma fugidinha, caso precise ir ao mercado 

A aposta é que, mesmo num cenário de nova normalidade pós-quarentena, essa tendência para a “casualização do vestuário” ainda permaneça devido aos novos hábitos adquiridos e, também porque muitos continuarão a dar preferência a itens produzidos de maneira mais sustentável e que ofereçam propriedades benéficas. 

Roupas confortáveis são tendência de consumo. Na imagem, look da Capricórnio Têxtil, Escolta e Reserva Natural | Fotos: divulgação

Itens e roupas confortáveis passam a ser prioridade do consumo 

Nesse quesito, de acordo com uma pesquisa de resposta do coronavírus, a maioria dos consumidores considera as roupas têxteis para o lar em algodão significativamente mais seguros do que outras fibras populares. Isso porque se trata de uma fibra naturalmente hipoalergênica, proporcionando um nível de conforto adicional aos consumidores com pele sensível.  

Para se ter uma ideia, a busca no Google por  roupas confortáveis e itens como hoodies (moletons com capuz) (13%) e calças de moletom (26,5%) registraram um aumento nos cliques nas últimas duas semanas de março. 

Além disso, não é por acaso que o Instagram está repleto de fotos e vídeos de produtos aconchegantes para vestir. As marcas, não só de pijamas, estão apostando em novas misturas e acabamentos e numa estética mais refinada e funcional que atendam às demandas deste grupo em busca de formas confortáveis ​​e relaxadas. Tudo isso agregado a um estilo versátil e contemporâneo. 

Portanto, chegou a hora de esquecer o estereótipo ligado ao sofá, porque ficar em casa nunca foi tão bom. Veja alguns exemplos: 

Roupas de algodão passam a ser símbolo de bem estar em casa.
Roupas de algodão passam a ser símbolo de bem estar em casa. Na imagem, looks da Cabocla Criações, Jacque Lodetti e Flat White. Fotos: divulgação.

Por que o algodão tem tanto a ver com roupas confortáveis? 

Você já deve ter associado algodão a conforto, mesmo que inconscientemente. Mas, por que os tecidos com algodão em sua composição são os mais usados em roupas desse universo loungewear homewear? 

O que acontece é que a fibra de algodão (CO) tem alta absorção de umidade (cerca de 7 a 11%), o que confere aos tecidos fabricados com essa fibra um excelente conforto térmico e alta respirabilidade da pele. E isso traz a sensação de roupas confortáveis e bem estar durante o seu uso. 

Hoje em dia, encontramos diversos tipos de algodões que podem até confundir o consumidor na hora de escolher o seu produto. No entanto, geralmente, informações sobre seus benefícios não faltam em sites especializados do ramo. Do algodão orgânico ao sustentável brasileiro, até os também famosos Pima ou egípcio, vai existir algodão pra todos os gostos e bolsos.

A diferença entre os algodões está no tamanho da fibra 

Uma regra é básica: quanto mais longas as fibras, mais finos os fios podem ser, conferindo uma homogeneidade ao tecido, que fica mais liso e maleável com toque sedoso. Os algodões conhecidos como Pima ou egípcio são espécies de algodão que produzem esse tipo de fibras mais longas. 

Tecidos planos de algodão, como percal, popeline, tricoline, são ótimos para fabricação de lençóis, vestidos e camisarias, respectivamenteIsso por conta do tipo de entrelaçamento desses tecidos (tela). Eles são mais estruturados e, apesar de não terem muita maleabilidade, suas peças possuem o conforto térmico característico do algodão e mantêm a aparência de “arrumado” ao longo de uma jornada de trabalho. Alguns acabamentos químicos podem até prolongar o efeito de passado nessas peças. 

Entretanto, em contraponto à formalidade dos tecidos planos de algodão, temos a famosa meia malha de algodão. É aquela t-shirt que usamos para dormir, aquela da nossa banda favorita que já anda sozinha.  

E isso sem falar do moletom que, com a chegada do inverno no hemisfério sul, está ganhando os home offices do Brasil. Mas, o crédito do extremo conforto da malha de algodão não é apenas da fibra, viu? A estrutura de malha, por ser formada por laçadas, funciona como uma mola, conferindo maleabilidade e liberdade de movimentos, mesmo em peças justas ao corpo. 

Estar em casa exigiu um olhar mais gentil com nosso espaço.
Estar em casa exigiu um olhar mais gentil com nosso espaço. Peças em algodão na decoração transmitem conforto e naturalidade. Na imagem, peças da Maison Charlô e Da Corda. | Fotos: divulgação

Algodão também é liberdade e consciência 

Já faz tempo que peças de alfaiataria são fabricadas também em moletom e malhas tipo Neoprene, o que dá maior liberdade para realização de movimentos. Assim, foi trazida mais informalidade a peças que carregam anos de história em formalidade. 

Felizmente, as pessoas estão adotando uma atitude proativa para melhorar a qualidade de suas vidas. Por isso, a preferência por materiais como o algodão, aliados a novas tecnologias de segurança e proteção, se torna cada vez mais relevante. Esses novos hábitos em prol do conforto acima de tudo desempenham um papel crítico à medida em que a necessidade de desconectar e a capacidade de descansar emocionalmente aumentam.  

Este “novo normal” também ressignifica as preocupações com a regeneração de uma indústria da moda que coloca as pessoas e o planeta como prioridades e com a criação de sistemas econômicos justos que substituam o atual modelo insustentável, poluidor e gerador de resíduos. 


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