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por dentro do movimento

Onde nasce a moda

27 de julho de 2018 | 0

O movimento Sou de Algodão abre a Casa dos Criadores e se firma como apoiador dos jovens talentos do Brasil.

Dezesseis estilistas, dezesseis marcas, show ao vivo de Xênia França e uma única matéria-prima: o algodão. A 43ª edição da Casa de Criadores começou de um jeito muito especial, com o primeiro desfile do Sou de Algodão no line-up da semana de moda.

Com curadoria de André Hidalgo, que desenhou o evento há 21 anos e tem ajudado a deslanchar grandes nomes da moda brasileira, a apresentação, que marca uma parceria, provou que o algodão, além de ser sustentável e combinar com nosso clima, pode dar vida a criações que contemplam todos os estilos.

Uma das ideias exploradas, por incrível que pareça, vem do universo da cama, mesa e banho e, acredite, vai fazer você repensar o conceito de pijama – e até querer sair com um assim na rua.

A estilista Rafaella Caniello, por exemplo, partiu da base de uma toalha da Toalhas Appel para criar um conjunto rico em detalhes, que brinca com os tradicionais roupões: ele tem lapela e botões à la blazer e mangas e barras em capitonê.

Já Renata Buzzo enriqueceu o pijama da Mon Petit com texturas flocadas, bordadas à mão, que pareciam algodão recém-colhido. Divertida, quase clubber, a Ken-Gá Bitchwear, por sua vez, usou e abusou das prints lúdicas na produção feita em parceria com a Mensageiro dos Sonhos, marca de sleepwear que tem o algodão como protagonista. O resultado? Gola rolê e sobretudo na cama, com direito a clash de estampas e a certeza de que com criatividade tudo é possível.

 

Esporte urbano

À frente da Ben, que também desfila na Casa de Criadores, Leandro Benites remixou sua linguagem minimalista com o trabalho de Martha Medeiros, dando origem a um conjunto de algodão com apliques de rendas feitas à mão e paetês furta-cor gigantes – um bom jeito de adicionar romantismo na tendência dos moletons, assim como Isaac Silva fez com a bomber toda bordada com flores pela Cooperativa Bordana.

 

Carlos Rudiney/Abrapa

 

Boudoir
Prefere algo na vibe 80´s? Tem também. A escolha, neste caso, é o casaco de patchwork colorido costurado por Igor Dadona para Cedro Têxtil, ou os looks criados por Diego Fávaro, em dobradinha para a ITM Têxtil, e Felipe Fanaia – o primeiro mostrou uma bermuda cargo usada com parka verde-limão e os acessórios que estão correndo o mundo (tênis meia e cintos que remetem a cordas de segurança), enquanto o segundo adicionou jatos de tons fluo no denim utilitário da Estyllus.

Por fim, Rafael Nascimento, em duo com a Santanense, redesenhou o look masculino, trabalhando referências que passam pelo esporte e pela alfaiataria – a tradicional camisa branca, por exemplo, se transformou em cropped e a veste ganhou vários zíperes -, e Fernando Cozendey usou suas típicas franjas e silhueta slim no look motoqueira selvagem, feito para a Track & Field.

 

Leisure
Outra tendência forte na moda contemporânea, a leisure, ganhou leitura nova de Heloisa Faria para a Canatiba Denim, que apostou em uma silhueta ampla e detalhes desfiados – o tipo de peça que frequenta com louvor festinhas à beira-mar, tendo, inclusive, as típicas listras do universo navy.

Mais minimal, mas não menos confortável, Martins.Tom foi de moletom extralarge e calça, quase casulo, para Ahmar Manifesto. E Diego Malicheski, para Cor com Amor, seguiu a mesma toada.

 

Festa
Gala com algodão? Por que não? Expert em moda festa, Rober Dognani fez jus à fama com o vestido de algodão xadrez da Cataguases, perfeito para mulheres com alma grunge – ainda mais se combinado às botas cuissardes pink, vistas na passarela.

Weider Silveiro também deu vida a um conjunto, feito para a Inbordal, tão rico em detalhes que promete redesenhar o dresscode de festas – ele carrega o caráter artesanal, couture, e tem alma moderna, em um cruzamento perfeito.

E mostrando que o algodão brasileiro pode frequentar até mesmo o red carpet internacional, Alex Kazuo fez, com a Vicunha Têxtil, um tomara que caia todo costurado e bordado manualmente que fechou o desfile em grande estilo e resumiu bem a mudança de paradigma: “minha proposta foi quebrar um pouco os padrões e a ideia de que todo vestido de festa tem que ser seda.

Martins. Tom

Heloisa Faria 

Rober Dognani

Igor Dadona

Isaac Silva 

Rocio Canvas 

Felipe Fanaia

Weider Silverio

Diego Fávaro

Ben

Ken-Gá

Renata Buzzo

Another Place

Neriage

Fernando Cozendey

Alex Kazuo


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