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moda & estilo

Do atacado mineiro à Sarah Jéssica Parker: conheça a surpreendente trajetória da Iorane

1 de outubro de 2020 | 2

Sarah Jessica Parker, Olivia Palermo e Thássia Naves são algumas das personalidades mais celebradas da moda no mundo. Elas também já influenciaram milhares de pessoas ao vestirem peças de uma marca brasileira que começou sua trajetória no mercado do atacado. Não por acaso, a Iorane é hoje referência no segmento de luxo com peças que são verdadeiros objetos de desejo. 

Quando olhamos para o passado da marca mineira, nos deparamos com mudanças significativas de posicionamento e apostas desafiadoras. Para o CEO da empresa, Gustavo Rabello, a inovação é o que norteia os caminhos da marca e as inspirações para novas coleções podem sair de onde menos se espera. 

Gustavo Rabello, CEO da Iorane | Foto: divulgação

Filho da estilista que empresta seu nome à marca, Gustavo explica que as estratégias com influenciadoras são parte de um marketing afiado

tudo deu mais que certo. Hoje, a Iorane possui 10 lojas próprias em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, além de 2 showrooms em São Paulo e Belo Horizonte que atendem os melhores lojistas do país. A marca tem também 1 loja em Miami e é representada em Nova York por um showroom parceiro. 

 

SEEDING THE FUTURE: O QUE VOCÊ VEM PLANTANDO HOJE? 

Buscando conexões com o que vem da terra, a nova coleção da IoraneSeeding the Future, é um apelo à origem para o verão. Com uma campanha toda ambientada nos campos brasileiros de algodão, a coleção exalta a delicadeza e a força, num diálogo de cores e estampas que prometem ser referência na estação. 

O que você vem plantando? Essa é a pergunta que a campanha propõe, estimulando o consumo consciente e a moda com responsabilidade. Com valores alinhados aos do movimento Sou de Algodão, a parceria oficial foi firmada em agosto deste ano. 

Batemos um papo com Gustavo Rabello sobre a incrível trajetória dessa empresa familiar e que é uma das mais recentes parceiras Sou de Algodão.  

A nova coleção Seeding the future tem o objetivo claro de valorizar a origem do que consumimos. Como e porque este conceito foi desenvolvido? 

A coleção de verão foi modificada devido a pandemia, sentimos a necessidade de trazer não só outras peças de roupa, mas um outro tema e significado para essa coleção. Foi inevitável não falar de esperança, de futuro e trazer uma reflexão sobre como o que fazemos hoje interfere no amanhã. Após semanas de brainstorming e muitas calls, surgiu o tema de semear o futuro, de falar do plantio e valorizar o que é nosso. E dentro desse nosso, olhamos para dentro do país e surgiu a ideia de dar vida e voz ao agronegócio, que traz tanta riqueza e importância para o Brasil.  

Campanha Seeding the Future foi ambientada em campos de algodão | Foto: Iorane / divulgação

Qual a importância que o algodão teve nessa proposta e na história da Iorane 

Unimos a história que queríamos contar sobre a semeadura à importância do plantio para uma boa colheita. Buscamos trazer um tema além da moda, um conteúdo que nos ligasse ao nosso público. A conexão com a natureza e com a terra que é nosso sustento é fundamental para a vida. Quando se fala de roupa, se fala do algodão e escolhemos abrir a coleção com ele, que é a nossa matéria prima. Trazer o plantio, a colheita e a materialização dele através da roupa, sempre lembrando da nossa responsabilidade com a sustentabilidade e em trazer matérias primas responsáveis em nossas coleções. 

A Iorane nasceu há 3 décadas com as ideias da sua mãe, que empresta seu nome à marca. Como foi para você acompanhar a empresa desde o seu nascimento e vivenciar a evolução de posicionamento e público? 

Desde cedo sempre estive envolvido com o mundo de confecção e da moda, que era o ramo de trabalho da minha mãe, e eu a acompanhava no dia a dia. 

A marca mudou muito ao longo desses 30 anos. Foi uma construção em 3 décadas e que hoje tem seu DNA muito bem definido. Isso não aconteceu da noite para o dia, foi fruto de muito trabalho, momentos bons e difíceis também. 

Estou à frente da marca há 17 anos e vejo que ainda temos muito a caminhar, almejamos muito mais. Hoje, enxergo a importância não só de ter uma história forte e sólida, mas também de manter o olhar para frente visando o futuro. Isso envolve olhar para o nosso entorno, observar o nosso ecossistema.

Como aconteceu a migração do atacado para o varejo de luxo? Foi uma demanda clara ou uma aposta na abertura de mercado?

A migração foi um desafio, sair de um mercado que você tem experiência para um novo mercado não é fácil.  Foi uma demanda, mas também uma aposta. O nosso consumidor final demonstrou esse anseio em entender mais da marca, e apostamos que isso só viria através do varejo. 

A abertura do varejo aconteceu há 11 anos, é um constante desafio conciliar os dois, mas de lá pra cá temos crescido muito em ambos os ramos.

Hoje Iorane investe muito em eventos (antes da pandemia), parcerias com a mídia e com personalidades formadoras de opinião. Como essas estratégias são traçadas e como têm sido os resultados? 

Toda estratégia é traçada com muito planejamento, com um time criativo por trás, pois um de nossos pilares é a inovação. É o que nos move! Precisamos ter ideias o tempo todo. Nossos resultados em sua maioria são sempre positivos e satisfatórios, e cada ação tem uma estratégia bem definida.

A Iorane é uma marca tendência e muita gente espera as novas coleções para comprar e se espelhar. Como CEO, como você avalia uma responsabilidade como essa de uma empresa? 

Temos a consciência que somos uma empresa em que o mercado se espelha. Temos cases de sucesso, por isso é uma responsabilidade gigante ser essa referência, tanto para o ecossistema como para os nossos colaboradores.

Sarah Jessica Parker (à esq.) e Olivia Palermo (à dir.) vestem Iorane | Fotos: divulgação

A Iorane é uma das novas marcas parceiras do Sou de Algodão. O que isso significa para a empresa? 

Ficamos muito felizes em nos associar ao movimento Sou de Algodão. Hoje, como empresa e como empreendedor, eu me preocupo e olho para esse caminho da responsabilidade social, como uma certeza. Vivemos momentos muito incertos e parcerias com empresas e organizações que se preocupam com a sustentabilidade, meio ambiente e que estejam alinhadas ao nosso propósito é uma certeza. Acreditamos que juntos vamos além!

Qual ou quais as peças mais vendidas e desejadas até hoje nestes 30 anos?

São muitas (risos). Em 30 anos a moda viveu em constante mudança, foram muitos ciclos, mas podemos citar alguns cases de sucesso. Nossas estampas sempre foram destaque, vestidos e saias longas e fluidas, e as jaquetas jeans. Todos fazem parte de algum marco importantes para nós.

As influenciadoras Thassia Naves e Silvia Braz, de Iorane | Foto: divulgação

Quantas lojas e pontos de venda existem hoje no Brasil? A venda online superou as vendas físicas?

Hoje, temos nove pontos de venda no Brasil. A venda online, em um momento pandemia, superou as vendas físicas, pois as lojas estavam fechadas. Porém, com a reabertura das lojas, o varejo físico se reergueu. 

Não tem sido meses fáceis, mas também ficamos muito felizes com o retorno das nossas clientes, e a fidelidade delas à marca, independente do contexto.

Onde a Iorane busca sua maior inspiração no universo da moda? 

Os olhos estão em todos os lugares o tempo todo. Não existe apenas uma única fonte e cada vez mais nos inspiramos não só no mercado de moda, mas observamos os outros mercados. Eu entendo que bons exemplos, boas ideias e boas inspirações podem vir de muitos setores, às vezes, completamente diferentes do nosso. Temos que olhar para o lado e cada vez mais tenho levado isso para o time, que tem buscado soluções em outras frentes e setores além da moda. 


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