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moda & estilo

Ateliê Fomenta propõe “roupa-documento” inspirada em arquétipos do período da Ditadura Militar

1 de julho de 2019 | 0

O Ateliê Fomenta, formado pelos estudantes Fellipe Campos e Fernando Carvalho, da Faculdade Santa Marcelina/SP, traz para a final do 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores uma coleção carregada de posicionamento político que propõe a criação de uma “roupa-documento, capaz de conectar o indivíduo que veste a peça com uma história à qual não pertence, necessariamente”, em alusão às discussões mais recentes sobre a Ditadura Militar.

Para chegar a esse resultado, a dupla escolheu trabalhar com figuras sociais que marcaram a realidade e a memória do período da Ditadura, como militares, estudantes, policiais, exilados, entre outros.

“As peças da coleção foram baseadas nos shapes da época, tentando exacerbar as suas concepções originais, dando grande foco aos volumes rodados e modelagens em evasê”, afirma a dupla.

Os tons escolhidos procuram materializar o peso dos anos de chumbo e, por isso, foram escolhidas cores quentes em associação ao cinza e ao verde-musgo. O alto contraste entre preto e branco resgata os jornais e documentos do período.

O algodão é referência conceitual e material. Fibra muito utilizada naquele período histórico, ela compõe os diferentes tipos de tecido dos looks, que vão da sarja, ao cetim, o jacquard, e a tricoline, representando, segundo os estilistas, a esperança e a coragem dos que lutaram pela volta da democracia no país.


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