releases / Movimento Sou de Algodão alcança o patamar de 1.000 marcas parceiras
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Lançado em 2016, o movimento iniciou a captação em 2017, fechando o ano com apenas 11 parceiras; em junho de 2022, comemora o marco junto a empresas de pequeno, médio e grande portes, que valorizam a fibra natural em seus produtos
O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), alcançou 1.000 marcas parceiras no mês de junho, consolidando a proposta de despertar a consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável.
Lançado em 2016, durante o São Paulo Fashion Week, tem o objetivo de valorizar o algodão brasileiro por meio da união da cadeia produtiva e têxtil. Nos últimos anos, além da participação em semanas de moda, algumas ações que se destacaram foram: Sou de Algodão Conecta, pilar de negócios para as próprias marcas parceira; Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, para estudantes de moda, e Programa SouABR, pioneiro na rastreabilidade da fibra com certificação socioambiental, de ponta a ponta da fibra.
O presidente da Associação, Júlio Cézar Busato, diz que não é apenas uma questão de democratizar o uso, mas de compartilhar, com transparência, o trabalho responsável do setor cotonicultor do Brasil. “Quando lançamos o movimento, havia uma distância entre o campo e a moda, já que produzimos uma fibra com responsabilidade socioambiental e certificação, mas, na época, ninguém conhecia. Para isso, era necessário informar ao público e chamar a atenção para os atributos: natural, leve, hipoalergênico, suave e responsável. A presença da matéria-prima, no dia a dia das pessoas, se faz por meio dos produtos, por isso passamos a convidá-las a fazer parte e a compartilhar o nosso propósito: unir a cadeia, em torno da moda responsável e do consumo consciente. Chegar às 1.000 marcas é um marco importante e nos faz crer que estamos no caminho certo, movimentando consumidores por um futuro mais responsável”, explica Busato.
Perfil das marcas
Presentes em todas as cinco regiões do Brasil, cerca de 82% se encontram nas regiões sudeste e sul. Atualmente, são vários segmentos que se dividem entre os elos da indústria têxtil para chegar até o consumidor final. Os cinco segmentos com maior representatividade são as marcas infantis, com 226; 178 no feminino; 130 que trabalham com o masculino e o feminino; 91 de artesanato e 63 exclusivas para o universo maculino.
Juliana Cecilio, dona da Mon Petit Pijamas, uma das cinco primeiras marcas a fazerem parte do movimento, diz que a iniciativa tem agregado e acrescentado muito valor ao negócio. “Pelo Sou de Algodão, eu pude saber mais sobre a matéria-prima que uso, conhecer outro lado da cadeia de produção e unir forças com outros empreendedores. Por isso, quero continuar espalhando essa semente para meus clientes e parceiros”.
Compromisso com o meio-ambiente
Para Edmundo Lima, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), parceira institucional do Sou de Algodão, ao alcançar esta marca, a iniciativa passa a se consolidar como ação coletiva e colaborativa que preza pela preservação do meio ambiente, pelo respeito ao trabalhador e pela sustentabilidade dos negócios. “Como elo importante da cadeia, o varejo de moda representado pela ABVTEX ressalta a união de forças para ganhar escala e ter maior impacto positivo, por isso, apoia o movimento desde 2017”.
Para o CEO do Grupo Malwee, Guilherme Weege, a adesão ao movimento vai ao encontro das exigências do público. “A parceria veio para somar às ações que já desenvolvemos para estimular uma moda sustentável, ética e transparente em toda a sua cadeia de valor. Além disso, reflete também no apelo com o consumidor, que busca por marcas que oferecem propósito por meio de seus produtos. A união com o Movimento reforça ainda mais o nosso compromisso”, explica Weege.
Para se tornar uma marca parceira, a empresa precisa trabalhar com produtos que utilizam, no mínimo, 70% de algodão em sua composição e a adesão é gratuita. Além de divulgação mútua e participação em ações e campanhas em prol de uma moda mais responsável, também são enviadas tags para serem utilizadas nos itens, para que seja comunicado o uso da fibra nacional. Empreendedores interessados podem fazer o cadastro aqui.