o movimento / editoriais / Editorial Antiviral Sou de Algodão – Novembro 2020
A indústria da moda reinventa-se a cada dia e com a pandemia da COVID-19 não seria diferente. Diversas marcas enxergaram o papel crucial da moda como forma de prevenção e desenvolveram tecidos antivirais. Com a proposta de apresentar a nova tendência das coleções, o Movimento Sou de Algodão reuniu quatro marcas têxteis e estilistas para produzir um editorial com tecidos anti-coronavírus.
O primeiro editorial – idealizado pelas duplas Cataguases e Felipe Fanaia, Cedro Jeans Wear e Eduardo Paixão, Dalila Têxtil e J. Boggo; e Santista JeansWear e Luciana Amarante – destaca-se por lançar looks com tecido antivirais, unindo segurança, conforto e estilo. Além de usar apenas algodão, os estilistas apostaram em modelagens inclusivas, que vestem diferentes corpos e estilos.
O Movimento além de estimular o uso da fibra na indústria da moda e promover o consumo consciente, incentiva a profissionalização e valoriza trabalhos estudantis. Este editorial, por exemplo, é resultado do trabalho de conclusão de curso de um grupo de alunos de Multimídia, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Depoimentos dos estilistas sobre suas produções
Tecelagem Cataguases (@tecidoscataguases) | Estilista: Felipe Fanaia (@felipefanaia)
“A inspiração desse look vem do trabalho que já venho desenvolvendo dentro do universo Over, ou seja, com peças que são amplas, confortáveis e que vestem todos os corpos. Partindo desse princípio, uni a proteção e camadas que dão sensação de segurança, no look com três camadas: a camisa de smoking, um paletó e a calça. É como se todos esses volumes deixassem a pessoa que veste o mais seguro possível”, comenta Felipe.
Tecelagem Cedro Têxtil (@cedrojeanswear)| Estilista: Eduardo Paixão (@eduardo_paixao_1977)
“Quando fui convidado para participar do editorial, pensei em que tipo de peça dentro da história da moda, seria ideal ou talvez um divisor de águas para ser referência e inspiração. Foi aí que busquei no news look da Dior, o “Bar Sui”, um dos looks mais icônicos da marca, criado em 1947, pelo próprio Christian Dior. A partir dele pensei em uma reinterpretação, transformando a saia em peplum, porém, na blusa, e ao invés de uma saia plissada, como no look original, adicionei como complemento uma calça com um recorte frontal. O intuito do look é modernizar e contextualizar os dias atuais. A minha base de inspiração para colaborar com o editorial, foi aliar o passado, presente e futuro. Pressupondo um futuro sustentável, social e honesto. Entretanto, herdando a excelência da construção da moda na década de 40, e também, carregando a herança da excelência em um look com base 100% algodão”, comenta Eduardo.
Tecelagem Dalila (@dalilatextil) | Estilista: J. Boggo (@j.boggo)
“A proposta não é puramente arte, mas sim, a mistura de diferentes linguagens da moda e do consciente que vão se construindo por camadas para nos protegerem. Utilizei uma técnica milenar conhecida como origami, que formam pregas e brincam com o suposto futuro para ressaltar o lado artístico e contemporâneo da peça”, comenta J. Boggo.
Tecelagem Santista (@santistajeanswear) | Estilista Luciana Amarante (@l.dnim_jeans)
“A minha inspiração para as peças criadas não foge do momento de pandemia: com o tecido antiviral, é possível criar peças que proporcionam proteção, com uma proposta de moda e conforto, e sempre com personalidade e estilo”, diz Luciana.
Depoimento dos estudantes sobre a produção para o editorial
“Para esse editorial, focamos no potencial e diferencial da fibra do algodão. Trazendo o tecido sempre em primeiro plano, como o protagonista, buscamos representar, da melhor maneira possível, a versatilidade e a importância dessa fibra tão democrática. As fotos transparecem a força presente em toda a cadeia do algodão, chegando à ponta final com o máximo primor e elegância. Ser de algodão é, a todo momento, cultivar e promover a moda sustentável e responsável no Brasil”, comenta o grupo de estudantes.