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Estudantes de Design de Moda visitam a Innovativ e a Covolan, e exploram como criatividade, inovação e sustentabilidade se encontram dentro das fábricas
Nos últimos dias, o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu novas experiências imersivas para universidades parceiras. Na passada segunda-feira (29), os alunos do Centro Universitário Moura Lacerda visitaram a Innovativ, referência em tecidos jacquard e ratier, localizada em Santa Bárbara d’Oeste (SP). Já na quinta-feira (2), foi a vez dos estudantes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) percorrerem as instalações da Covolan, reconhecida internacionalmente por sua atuação em denim sustentável.
As visitas foram coordenadas por Manami Kawaguchi Torres, gestora de relações institucionais do movimento, e proporcionaram aos jovens uma visão ampla sobre os processos da indústria têxtil. O contato direto com fábricas consolidadas do setor permitiu aos futuros profissionais perceberem como o algodão brasileiro se transforma em tecidos inovadores, reforçando a importância de alinhar técnica, estética e responsabilidade socioambiental em suas futuras carreiras.
Moura Lacerda na Innovativ
Na Innovativ, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes o funcionamento da fábrica e acompanhar de perto os processos de tecelagem. Durante a visita, puderam observar as diferentes formas de aplicação do algodão em tecidos sofisticados, além de compreender como tecnologia e tradição se conectam no desenvolvimento de produtos de alto valor agregado.
“A visita à Innovativ foi uma experiência riquíssima para nossas alunas. Tivemos a oportunidade de ver de perto teares de jacquard em pleno funcionamento e de aprender, na prática, sobre todo o processo de produção desses tecidos. A recepção foi incrível e nos proporcionou não apenas conhecimento técnico, mas também inspiração e esperança em um futuro da moda mais sustentável e consciente”, destaca Juliana Bononi, docente e coordenadora da Graduação em Moda do Centro Universitário Moura Lacerda.
A experiência também trouxe reflexões sobre o papel da criatividade no setor têxtil. Ao conhecerem tecidos jacquard e ratier, os estudantes perceberam como a inovação no design de superfícies está diretamente ligada à capacidade de traduzir ideias em produtos concretos. Esse contato enriquece a formação acadêmica, além de ampliar o repertório criativo de quem deseja atuar na moda.
“Acreditamos muito no potencial brasileiro, tanto nas coleções criadas aqui quanto na matéria-prima que utilizamos, sendo 98% nacional”, afirma Thalita Colla, Supervisora de Marketing da Innovativ. “O grande valor da Experiência Sou de Algodão é poder conversar com futuros designers e profissionais da moda, apresentando o nosso trabalho e reforçando a importância do algodão não apenas pela responsabilidade e pelo fato de ser biodegradável, mas também pelo impacto econômico que gera no mercado. É extremamente gratificante receber os estudantes na Innovativ e perceber que estamos, juntos, construindo uma moda mais sustentável e criativa em todos os sentidos”.
UEG na Covolan
A visita à Covolan proporcionou aos estudantes da UEG uma imersão no universo do denim, um dos segmentos mais representativos da moda brasileira. Ao percorrer o parque fabril, os alunos acompanharam etapas que vão desde o cuidado com os resíduos até a elaboração de tecidos versáteis, observando de perto como a empresa alia tecnologia e sustentabilidade ao seu processo produtivo.
Carla Barros, coordenadora do curso de bacharelado em Design de Moda da UEG, afirma ser muito enriquecedor para a universidade participar da Experiência Sou de Algodão. “É muito bom proporcionar aos alunos a oportunidade de conhecer toda a cadeia do algodão. Vivenciar de perto uma tecelagem de denim com tanta preocupação com o produto e a sustentabilidade é inspirador, e reforça a importância de criar moda valorizando os insumos nacionais. Essa imersão impacta diretamente a visão dos novos designers sobre as possibilidades de criar uma moda mais consciente e conectada com o futuro”, reitera.
Os estudantes puderam também entender como a tradição da indústria nacional se conecta às demandas contemporâneas de transparência e inovação. A experiência despertou reflexões sobre o papel dos futuros estilistas e criadores na construção de uma moda que une estética, ética e responsabilidade socioambiental.
Formação que conecta teoria e prática
As experiências Sou de Algodão reforçam a importância de aproximar as salas de aula do ambiente produtivo, proporcionando aos estudantes um aprendizado vivo e aplicado. Além de conhecerem processos e tecnologias, os alunos puderam compreender o impacto da matéria-prima nacional e o papel do algodão na criação de uma moda mais responsável.
Segundo Manami Kawaguchi Torres, vivências como essas são essenciais na formação de profissionais mais conscientes. “Quando estudantes veem de perto como o algodão se transforma em tecidos e como a sustentabilidade é aplicada no dia a dia da indústria, eles passam a compreender a responsabilidade que terão como futuros agentes de transformação no setor, valorizando o que é 100% brasileiro, da origem da matéria prima à criação e à fabricação produto”, destaca.
Ao unir universidades, indústrias e o movimento, o Sou de Algodão reafirma seu compromisso em construir uma cadeia cada vez mais conectada e colaborativa. Essa integração fortalece a formação acadêmica, amplia horizontes e prepara jovens talentos para atuarem em um mercado que valoriza tanto a inovação quanto a responsabilidade.
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